Fabber no comando...

Pois é.

Sei que estou dando uma vadiada do blog este mês.

Mas são váááárias causas nobres, eu juro.

Uma delas, é que minha chefe está de férias e estou como substituto até a próxima terça-feira. É, depois de 8 anos de vida profissional, começaram a acreditar em mim (Mas depois da experiência, eu é que começo a duvidar de mim).

Hehehe... Brincadeira... Acho que vou sobreviver. Mas vamos combinar que mais difícil do que você "pilotar o fogão" é você "pilotar o fogão alheio". É extremamente complicado uma pessoa com 25 de idade substituir outra com 60 e 33 anos de empresa. Perceberam o problema? Todo mundo já vem acostumado com aquela pessoa e com a sua substituta oficial há tantos e tantos anos... quando de repente aparece um moleque?

Tive uma série de problemas ao longo do mês, por conta disso. Mas acho que, no final, o saldo vai ser positivo. Vamos que vamos!

Bom, outra equipe que estou à frente, também, é da Cia. de Teatro "Os desacompanhados". Lá, estou meio que cuidando da produção geral dos 2 espetáculos, "Jogo da Velha" e "Meu Deus, o que foi que aconteceu?". Como isso tem tomado o meu tempo também, ai ai!

O "Jogo da Velha" é o desse cartaz aí em cima. O cartaz ano passado, vocês lembram, era diferente. Mas como saímos de uma companhia e fomos fundar a nossa, nada melhor do que reciclar a "arte". Com texto revisto (eu adoro mexer no texto - mexo o tempo todo, inclusive antes das apresentações), prometo cenas novas, piadas inéditas e um novo ritmo - a peça estava MUITO lenta e longa.

Eu depois vou falar mais sobre a peça. O que posso adiantar é que, sem dúvida, ela é um sonho. Não consegui ter com "Terapia de Vidas Mal-Passadas", minha primeira peça, 1/3 das alegrias que "Jogo da Velha" me dá. E sucesso, também. Sério, parece que não, mas a peça pegou. Eu assisto um pedaço da peça sentado na plateia e nossa... como é gostoso ver as pessoas rindo... ou pelo menos com um sorrisão no rosto. Eu nasci para ver (e de preferência fazer) as pessoas felizes!

Se estiver infeliz, vá assistir ao "Jogo da Velha". Garanto que durante os 80 minutos (assim espero) de peça, você vai rir e curtir uma história, que, assim como eu, não é muito convencional.

JOGO DA VELHA
APRESENTAÇÕES: Dias 04, 05, 11 e 12 de Julho
LOCAL: Sede da Cia. Teatro Contemporâneo
ENDEREÇO: Rua Conde de Irajá, 253 - Humaitá
HORÁRIOS: Sábados às 21h. Domingos às 20h.
PREÇO: R$ 10,00 p/ meus amigos

Não perca o nosso retorno!

25 anos e desgostoso do ser humano...

Venho aqui desejar feliz aniversário atrasado para mim mesmo. É, cheguei aos 25 anos no último dia 31. Uma festa muito gostosa, o tempo ajudou muito. Agora sigo com minha nova idade, tentando compreender o mundo, tentando compreender as pessoas... Tentando compreender até que ponto podemos ser altruístas, analisando o nosso próprio egoísmo e o alheio.

No último mês, me deparei com 3 exemplos, que me fazem sentir infeliz com os seres humanos...

1) Em comum acordo com outros 8 amigos, assinei o contrato do teatro. Depois de assinar, 2 saíram da divisão. Para tentar convencer 1 das pessoas, até ofereci para pagar a parte. Mas recomeçaram as desculpas e senti que trabalhar com quem não tá a fim, não dá. Portanto, a pessoa saiu e foi melhor. Melhor, entre aspas, pois mesmo de fora continua ironizando, falando besteira e coisa que não sabe... Enfim, entrou, depois saiu. E de fora, continua se metendo. O que fazer com uma pessoa assim? Mediocridade me irrita.

2) Fui ao Projac assistir ao "Toma lá dá cá". Desde a estreia, sempre que posso, vou. Ultimamente já me enchi de ir até Curicica e ficar horas lá para a gravação. Mas de vez em quando, eu cismo e vou. Aliás, antes eu podia cismar em cima da hora e ir. Agora, como a cota de convidados diminuiu bastante, eu preciso cismar com até 2 semanas de antecedência. Então, os fãs meio que fizeram um acordo e vão se revezando, pois não cabem todos. Só uma pessoa não colabora. Coloca seu nome e o da mãe na lista toda semana e vai quando dá. Ou seja, em vez de dar lugar a outras pessoas, simplesmente impõe-se desta forma. Eu desisto. A "minha" vaga está sempre disponível. Já enchi. Não pelo programa, mas pelas pessoas que vão lá. Da última vez que fui, resolvi fazer a linha antisocial e não tomei a iniciativa de falar com ninguém. Resultado? Ninguém foi falar comigo, como eu já suspeitava. E eu que perdia meu tempo indo lá, educadamente, falar com o povo. Ai ai... Como arrependimento dói.

3) Reapareceu uma tia, daquelas que só aparecem quando têm problema. A criatura estava há 4 anos sumida, sem dar sinal de vida. Não ligava para saber nem se estávamos bem ou não. Aliás, o seu sumiço há 4 anos, foi quando tentou dar um golpe em outras pessoas da família... Enfim, ressurgiu e com a cara de pau que lhe é peculiar. Apareceu para pedir, claro, dinheiro. Foi batendo de porta em porta: primeiro, na casa de uma outra tia, depois aqui em casa e, por fim, na casa da minha irmã. Meu aniversário, como disse lá em cima, foi dia 31. Pergunta se deu parabéns? Nada, estendeu a mão para pedir dinheiro. Aliás, anos atrás, ligou em um aniversário meu, eu atendi, pediu para chamar minha mãe e pediu dinheiro a ela. Ah, porra, vá olhar só para seu umbigo lá na casa do cacete! Egoísmo dos infernos. É incapaz de manter um relacionamento razoável... só se relaciona quando vem pedir alguma coisa.

Qualquer relacionamento que tem como base intenções subliminares, eu dispenso. É muito chato quando você se relaciona e fica esperando a hora em que aquela pessoa vai te pedir alguma coisa. Tem um amigo meu, que sempre me chamava para ir a lugares bem distantes daqui de casa. A primeira pergunta era: vai de carro? Eu sempre digo que não, pois gosto de sair para encher a cara. Geralmente saio de ônibus e volto de táxi. Simples assim. Como eu dizia não, o amigo arrumava outra pessoa que ia de carro e o convite não estava mais estendido até mim. Ou seja, para irmos juntos, só se eu fosse de carro. Atualmente, nem me chama mais para sair. Com lance de carro, não tem ele só não. Tenho outros amigos que já saem de casa contando com a carona para ida e para volta. Uma amiga, folgada que só ela, certa vez se achou no direito de ficar p da vida porque eu não ia mais voltar para casa e ela dependia da carona. Só que eu não me lembro de ter tido que ela ficasse tranquila, pois eu iria de onde estávamos direto para casa. Resumindo: me fez de motorista e, como lhe é peculiar, teve certeza de que aquilo era obrigação minha.

Para encerrar, mais um caso adorável. Ano passado, uma outra tia sofreu uma desgraça em sua vida. O marido (meu tio) atirou nela e se matou. Todos achávamos que ela também ia morrer, pois tomou um tiro no meio do rosto. Foi para o hospital e voltou viva e está bem até hoje. Surda de um ouvido, mas bem. Pois é. Quando ela voltou da primeira cirurgia, depois de uma semana internada, eu estava na casa dela. Meus primos começaram a ligar para lá. Queriam saber como ela estava? Não. Queriam o computador do falecido, pois o deles estava quebrado. Ela deu o computador e eles foram lá buscar. Um ano depois, sabe quantas vezes eles foram lá visitá-la? Se você disse "zero", parabéns, você acertou! E olha que eles são afilhados dela.

Encerro este post sabendo que a vida é assim mesmo. Certamente alguém que me conhece, poderá ter alguma história que me encaixe no mesmo perfil das "pessoas" que apresentei. Pode ser, sou humano também.. Egoísta como todos. O importante é identificar e ver até que ponto é egoísmo e se for, o que podemos fazer para amenizá-lo. Só acho que não se deve lavar a consciência apenas rezando ou levando cestas de natal em orfanatos e asilos no final do ano. É preciso praticar durante o ano todo. Eu acho que devemos sempre olhar para nós mesmos, mas sempre olhando para os demais. Portanto, não olhe para o próprio umbigo. Estenda o braço p/ frente e fixe o olhar nos dedos. Você estará olhando para si, mas verá os demais passando, também. É assim que eu vou tentando fazer. E espero que as pessoas supracitadas... bem, espero que elas tenham um pouco disso, também.

Fui. Amargo, mas fui.