25 anos e desgostoso do ser humano...

Venho aqui desejar feliz aniversário atrasado para mim mesmo. É, cheguei aos 25 anos no último dia 31. Uma festa muito gostosa, o tempo ajudou muito. Agora sigo com minha nova idade, tentando compreender o mundo, tentando compreender as pessoas... Tentando compreender até que ponto podemos ser altruístas, analisando o nosso próprio egoísmo e o alheio.

No último mês, me deparei com 3 exemplos, que me fazem sentir infeliz com os seres humanos...

1) Em comum acordo com outros 8 amigos, assinei o contrato do teatro. Depois de assinar, 2 saíram da divisão. Para tentar convencer 1 das pessoas, até ofereci para pagar a parte. Mas recomeçaram as desculpas e senti que trabalhar com quem não tá a fim, não dá. Portanto, a pessoa saiu e foi melhor. Melhor, entre aspas, pois mesmo de fora continua ironizando, falando besteira e coisa que não sabe... Enfim, entrou, depois saiu. E de fora, continua se metendo. O que fazer com uma pessoa assim? Mediocridade me irrita.

2) Fui ao Projac assistir ao "Toma lá dá cá". Desde a estreia, sempre que posso, vou. Ultimamente já me enchi de ir até Curicica e ficar horas lá para a gravação. Mas de vez em quando, eu cismo e vou. Aliás, antes eu podia cismar em cima da hora e ir. Agora, como a cota de convidados diminuiu bastante, eu preciso cismar com até 2 semanas de antecedência. Então, os fãs meio que fizeram um acordo e vão se revezando, pois não cabem todos. Só uma pessoa não colabora. Coloca seu nome e o da mãe na lista toda semana e vai quando dá. Ou seja, em vez de dar lugar a outras pessoas, simplesmente impõe-se desta forma. Eu desisto. A "minha" vaga está sempre disponível. Já enchi. Não pelo programa, mas pelas pessoas que vão lá. Da última vez que fui, resolvi fazer a linha antisocial e não tomei a iniciativa de falar com ninguém. Resultado? Ninguém foi falar comigo, como eu já suspeitava. E eu que perdia meu tempo indo lá, educadamente, falar com o povo. Ai ai... Como arrependimento dói.

3) Reapareceu uma tia, daquelas que só aparecem quando têm problema. A criatura estava há 4 anos sumida, sem dar sinal de vida. Não ligava para saber nem se estávamos bem ou não. Aliás, o seu sumiço há 4 anos, foi quando tentou dar um golpe em outras pessoas da família... Enfim, ressurgiu e com a cara de pau que lhe é peculiar. Apareceu para pedir, claro, dinheiro. Foi batendo de porta em porta: primeiro, na casa de uma outra tia, depois aqui em casa e, por fim, na casa da minha irmã. Meu aniversário, como disse lá em cima, foi dia 31. Pergunta se deu parabéns? Nada, estendeu a mão para pedir dinheiro. Aliás, anos atrás, ligou em um aniversário meu, eu atendi, pediu para chamar minha mãe e pediu dinheiro a ela. Ah, porra, vá olhar só para seu umbigo lá na casa do cacete! Egoísmo dos infernos. É incapaz de manter um relacionamento razoável... só se relaciona quando vem pedir alguma coisa.

Qualquer relacionamento que tem como base intenções subliminares, eu dispenso. É muito chato quando você se relaciona e fica esperando a hora em que aquela pessoa vai te pedir alguma coisa. Tem um amigo meu, que sempre me chamava para ir a lugares bem distantes daqui de casa. A primeira pergunta era: vai de carro? Eu sempre digo que não, pois gosto de sair para encher a cara. Geralmente saio de ônibus e volto de táxi. Simples assim. Como eu dizia não, o amigo arrumava outra pessoa que ia de carro e o convite não estava mais estendido até mim. Ou seja, para irmos juntos, só se eu fosse de carro. Atualmente, nem me chama mais para sair. Com lance de carro, não tem ele só não. Tenho outros amigos que já saem de casa contando com a carona para ida e para volta. Uma amiga, folgada que só ela, certa vez se achou no direito de ficar p da vida porque eu não ia mais voltar para casa e ela dependia da carona. Só que eu não me lembro de ter tido que ela ficasse tranquila, pois eu iria de onde estávamos direto para casa. Resumindo: me fez de motorista e, como lhe é peculiar, teve certeza de que aquilo era obrigação minha.

Para encerrar, mais um caso adorável. Ano passado, uma outra tia sofreu uma desgraça em sua vida. O marido (meu tio) atirou nela e se matou. Todos achávamos que ela também ia morrer, pois tomou um tiro no meio do rosto. Foi para o hospital e voltou viva e está bem até hoje. Surda de um ouvido, mas bem. Pois é. Quando ela voltou da primeira cirurgia, depois de uma semana internada, eu estava na casa dela. Meus primos começaram a ligar para lá. Queriam saber como ela estava? Não. Queriam o computador do falecido, pois o deles estava quebrado. Ela deu o computador e eles foram lá buscar. Um ano depois, sabe quantas vezes eles foram lá visitá-la? Se você disse "zero", parabéns, você acertou! E olha que eles são afilhados dela.

Encerro este post sabendo que a vida é assim mesmo. Certamente alguém que me conhece, poderá ter alguma história que me encaixe no mesmo perfil das "pessoas" que apresentei. Pode ser, sou humano também.. Egoísta como todos. O importante é identificar e ver até que ponto é egoísmo e se for, o que podemos fazer para amenizá-lo. Só acho que não se deve lavar a consciência apenas rezando ou levando cestas de natal em orfanatos e asilos no final do ano. É preciso praticar durante o ano todo. Eu acho que devemos sempre olhar para nós mesmos, mas sempre olhando para os demais. Portanto, não olhe para o próprio umbigo. Estenda o braço p/ frente e fixe o olhar nos dedos. Você estará olhando para si, mas verá os demais passando, também. É assim que eu vou tentando fazer. E espero que as pessoas supracitadas... bem, espero que elas tenham um pouco disso, também.

Fui. Amargo, mas fui.

1 comentários:

Anônimo disse...

A sociedade é assim hoje em dia. As pessoas pensam em tirar vantagem em tudo e apenas isso. Sabe como é essas coisas... O importante é ter um grupo finito e seleto de pessoas próximas e sempre deixar isso claro para elas, de que elas são importantes pelo que são e não pelo que oferecem.
Essas pessoas que carregamos conosco podem ir e vir. São mutáveis, porque nós mesmos somos mutáveis. Cada um de nós vive experiências que nos modificam e isso nos afasta e nos reune de outras pessoas.
Já tive a minha fase de contar com o que os outros ofereciam. Tenho certeza de que cada um de nós já passou por isso por algum momento em nossas vidas. Não me envergonho, embora reconheça que não tenha sido exatamente legal da minha parte. Mas sei que a consciência disso me fez mudar depois algumas atitudes.
Sei que seu aniversário foi dia 31/05. Por mais que eu não ligue (nem tenho o seu telefone atual, fato), também não esqueço. Mas fato que as coisas mudaram também.
Quero que saiba que por mais que as diferenças da nossa vida nos levem a portos diferentes e companhias diferentes, o que passou fica marcado. Acho muito improvável que sejamos bons amigos hoje. Não por você ou por mim. Somos estupidamente diferentes para que isso aconteça de novo. Mas não é por isso que eu não lhe deseje felicidade e sucesso, ainda mais considerando uma pessoa que protestou e foi à luta atrás de coisas que acredita. Por isso, não duvide da humanidade.
Há pessoas que valem a pena a vida continuar. São poucas, contamos nos dedos, mas elas existem.
Sei que a gente muda, sei que aprendemos mais com os erros do que com as vitórias. Sei que não teríamos absolutamente nada para conversar senão os velhos tempos - e isso já não é mais o melhor assunto do mundo. Rs... Por isso, só digo que continuo viva, caro Fabrício. Acho que não haveria muito sobre o que falarmos.
Torço para que você alcance seus objetivos. Torço para que consiga aquilo que acredita. Também torço para que tenha aprendido um pouquinho mais sobre os limites alheios (essa alfinetada, perdoe, não poderia deixar de fazer), porque a gente não deve esquecer que somos diferentes uns dos outros. Também torço para que tenha saúde e que sua família tenha proteção daquele que é o nosso Criador. Bom, e não adianta você torcer para eu ser menos dramática, porque as novelas mexicanas continuam sendo parte da minha vida. Rs.
Há algum tempo venho brincando de ser sua leitora. Espero que isso não o deixe encabulado. Sei que não é mais o tipo de pessoa que se importaria tanto com isso. Talvez eu continue lendo, talvez não. Gostei muito do "Boca Livre" e acho que teria sido um programa bem mais legal do que vários que passam na TV. E digo que "Casos de Família" sem a Regina Volpato virou um circo dos horrores e 'atores'...
Eu tinha um problema de consciência e queria externar. Queria que você soubesse que não é porque eu me afastei de você que não deixo de torcer pelos seus sucessos. A vida faz isso... Eu me sentia desconfortável e, entre brigar com você e deixar as coisas tomarem seus próprios rumos, preferi o segundo.
Feliz aniversário de 22 anos. Feliz aniversário de 23 anos. Feliz aniversário de 24 anos. Feliz aniversário de 25 anos!
Não desista do que acredite, nem deixe de acreditar na humanidade. Seja bom e seja belo. Palavras da tia Celeste, anjo-mor.