Do começo ao fim...

As pessoas precisam de rótulos. Sei lá, parece que fica mais fácil de absorver, simplificar as coisas...

Acabei de ler essa matéria:
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/05/20/ult4332u1102.jhtm

É sobre o filme "Do começo ao fim", que ainda não tem estreia prevista, mas está em fase de finalização. Conta a história de dois meio-irmãos, que se apaixonam e coisa e tal. Duas polêmicas de cara: relação gay e incesto. Em um país onde beijo gay é censurado em novela, dar um passo desses é altamente polêmico.

Mas o que eu queria falar é sobre a chamada do Uol para a matéria: "Não fiz um filme gay", diz o diretor Aloísio Abranches.

No meio da matéria, tem esta declaração do diretor (e autor): "Apesar das cenas dos irmãos trocando carinhos no banho e na cama, Abranches faz questão dizer que não fez um 'filme gay', e nem saberia dizer se os personagens que criou são necessariamente homossexuais. 'Pode ser uma relação que acontece só entre os dois', desconversa"

Aloíso tenta escapar do rótulo, que é inevitável para o filme. Quando escrevi "Jogo da Velha", também tinha esta preocupação se a relação de Léo e Joca também faria da peça, uma peça gay. Quando começamos a produzir, escutei a "brilhante" ideia de colocar uma tarja com o arco-íris no cartaz de divulgação, para alertar que a peça tinha conteúdo gay.

Mas "Jogo da Velha" é uma peça gay? Bom, polêmicas à parte, acho que a peça cumpriu o papel de ser uma peça de comédia, o único rótulo que eu dei a ela. A parte gay está na cabeça de cada um, hehehehee...

Em tempo: "Jogo da Velha", definitivamente, não é minha auto-biografia. Tô cansado de explicar isto também. O dia que eu resolver falar de mim, hahahaa, "Jogo da Velha" vai ganhar o rótulo de peça infantil! rsrsrsrs

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